quinta-feira, 23 de junho de 2011

Jesus Cristo é a chave hermenêutica para a leitura das Escrituras.

Jesus Cristo é o ápice da revelação divina. Deus se revelou à humanidade de diversas maneiras: na criação, na história, na consciência do ser humano, por meio do povo de Israel e através das mensagens proféticas.
Entretanto, a revelação perfeita é Jesus Cristo. Nele, como diz o evangelista João (1.14), vemos a glória do Pai de maneira completa.
Por isso, a leitura da Bíblia deve ser feita a partir do sentido da revelação feita por Jesus Cristo. Ele é o personagem principal de todo o registro bíblico. Ao redor dele circulam conceitos, princípios e doutrinas das Escrituras.
De maneira geral, os autores do Novo Testamento fazem a re-leitura de textos do Antigo Testamento e produz uma re-interpretação dos mesmos, agora à luz da revelação recebida em Jesus Cristo.
O Antigo Testamento deve ser lido por meio do filtro do Novo Testamento se assim não for, muitas interpretações erradas serão feitas.
Por exemplo: em cima de textos do Antigo Testamento, uma pessoa pode justificar ataques bélicos a nações pagãs, dizendo que Deus assim ordenou.
Era o que os fariseus queriam fazer com a mulher adúltera (João 8): apedrejá-la com mandava a lei de Moisés.
Só que, agora, na mensagem do Evangelho, a partir dos ensinos de Cristo, a ênfase é de perdão e intercessão pelos inimigos.
Interpretações do Antigo Testamento, portanto, devem ser feitas sob o foco dos ensinos  de Jesus .

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Conceito Cristão de História por Oscar Cullmann


“História Bíblica” e História (Século XX -1902-1999)
Estudando, do ponto de vista da ciência histórica, o alcance de modificações políticas e culturais que o Cristianismo ocasionou, é certo que o historiador moderno pode, a rigor, reconhecer como legítima esta afirmação: O surgimento de Jesus de Nazaré deve ser considerado como uma curva decisiva da História. Ora, a afirmação teológica que está na base do sistema cronológico cristão ultrapassa de muito a constatação segundo a qual o Cristianismo trouxe mudanças históricas consideráveis. O que vai mais além, é que a Teologia afirma que a História, em seu conjunto, deve ser compreendida e julgada a partir desse acontecimento central. Ele constitui o sentido último e o critério de toda a História, tanto a que precedeu como a que segue. Esta pretensão histórica levantada em favor de curta atividade de um profeta Galileu, que terminou supliciado sob um governador romano, está em flagrante contradição com o princípio mesmo da História, segundo a concebe o historiador moderno.
O cristianismo primitivo interessa-se realmente por uma série de eventos de uma natureza toda especial, sobrenatural, anteriores e posteriores ao ano 1 e que forma “a história bíblica”. Todo este orgânico, relacionado com o referido acontecimento central, recebe dele seu sentido e, por extensão, o sentido de toda História é iluminado por ele. Os primeiros cristãos pretendem lançar um julgamento sem apelo sobre os dados da história geral e sobre a totalidade dos acontecimentos do presente. A história “profana” deixa pois de ser, para os cristãos  profanos.
Assim vemos que o problema da história bíblica apresenta-se como um problema teológico . De fato, esta história só adquire sentido ao aproximar, interpretar e ligar os acontecimentos à realidade história de Jesus, quando Jesus de Nazaré, realidade central da História, é reconhecido como a revelação absoluta de Deus aos homens. Sem este ato de fé, não somente não se pode dar valor normativo à história bíblica, mas esta última deve parecer necessariamente destituída de sentido. Inversamente mediante este ato de fé, não pode haver norma fora da história bíblica, designada desde então como história da revelação e da salvação. É sobre este ponto que aparece a relação estreita que existe entre a revelação cristã e a História; é aqui que reside, em última análise, o “caráter escandaloso” que a concepção do tempo e da história do cristianismo primitivo assume não somente para o historiador, mas para todo pensamento “moderno”, incluso o pensamento teológico. Deus revela-se de um modo todo especial no seio de uma história estritamente limitada, mas contínua, e nela opera, de um modo definitivo, a “salvação”. O pensador profano julga a História em nome de um princípio, de uma idéia filosófica, fora da história. O pensador cristão o faz em nome de um acontecimento particular, específico,,,, Jesus.

sábado, 4 de junho de 2011

Os dois potes

Certo carregador de água, tinha dois potes, cada um pendurado numa ponta de um cabo, o qual carregava sobre seus ombros. Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro pote era perfeito e sempre levava a porção completa de água até o final da longa caminhada. O pote rachado chegava só com a metade.
Por 2 anos isso se repetiu diariamente, com o carregador trazendo apenas um pote meio de água. Naturalmente, o pote perfeito estava orgulhoso de seu desempenho, perfeito até o final para o propósito a que tinha sido feito.
Mas o pobre pote rachado estava envergonhado de sua própria imperfeição, e miserável por ser capaz de alcançar apenas metade daquilo a que tinha sido feito para fazer.
Depois de 2 anos do que sentia ser uma falha insuportável, ele um dia falou ao carregador perto do riacho:
- Estou envergonhado de mim mesmo, e eu quero me desculpar com você.
- Por quê? – perguntou o carregador.
- Do que você está envergonhado?
- Tenho conseguido nesses últimos 2 anos, entregar apenas a metade de meu carregamento porque esta rachadura faz com que a água vaze por todo o caminho. Por minha causa, você tem que realizar todo esse trabalho, e, você não recebe o valor todo de seus esforços, disse o pote.
O carregador sentiu pena do velho pote rachado, e, em sua compaixão ele disse:
- Enquanto nós voltarmos a casa , eu quero que você note as flores lindas que há ao longo da trilha.
De fato, à medida que eles subiram a colina, o velho pote rachado notou o sol que aquecia as lindas flores silvestres ao lado da trilha, e isto o animou um pouco. Mas ao final da trilha, ele ainda se sentia mal porque tinha vazado metade de seu carregamento, e, de novo se desculpou com o carregador por sua falha.
O carregador disse ao pote:
- Você notou que havia flores apenas em seu lado da trilha, mas nenhuma do lado do outro pote? É porque eu sempre soube do seu defeito, e eu aproveitei o mesmo.
- Eu plantei sementes de flores do seu lado da trilha, e, cada dia, enquanto eu voltava do riacho, você as regou. Por 2 anos eu tenho sido capaz de colher estas lindas flores para decorar a mesa. Sem
 você ser do jeito que é, nunca iria ter esta beleza para agraciar a casa.
 Querido(a) nunca esqueça que você é um vaso muito especial para Deus, mesmo que às vezes esteja derramando um pouco de água, saiba que Deus te chamou e enviou para que você dê muitos frutos, e frutos que permaneçam para a vida eterna.
 Deus sabe das nossas imperfeições, mas nos considera importante assim mesmo.