sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Amor não tem preço!

Uma tarde, um menino aproximou-se de sua mãe, que preparava o jantar, e entregou-lhe uma folha de papel com algo escrito. Depois que ela secou as mãos e tirou o avental, ela leu: - Cortar a grama do jardim: R$3,00 - Por limpar meu quarto esta semana R$1,00 - Por ir ao supermercado em seu lugar R$2,00 - Por cuidar de meu irmãozinho enquanto você ia às compras R$2,00 - Por tirar o lixo toda semana R$1,00 - Por ter um boletim com boas notas R$5,00 - Por limpar e varrer o quintal R$2,00 - TOTAL DA DIVIDA R$16,00 A mãe olhou o menino, que aguardava cheio de expectativa. Finalmente, ela pegou um lápis e no verso da mesma nota escreveu: - Por levar-te nove meses em meu ventre e dar-te a vida - NADA - Por tantas noites sem dormir, curar-te e orar por ti - NADA - Pelos problemas e pelos prantos que me causastes - NADA - Pelo medo e pelas preocupações que me esperam -NADA - Por comidas, roupas e brinquedos - NADA - Por limpar-te o nariz - NADA - CUSTO TOTAL DE MEU AMOR - NADA Quando o menino terminou de ler o que sua mãe havia escrito tinha os olhos cheios de lágrimas. Olhou nos olhos da mãe e disse: "Eu te amo, mamãe!!!" Logo após, pegou um lápis e escreveu com uma letra enorme: "TOTALMENTE PAGO". Assim somos nós adultos, como crianças, querendo recompensa por boas ações que fazemos. É difícil entender que a melhor recompensa é o AMOR que vem de Deus. E para nossa sorte é GRATIS.

domingo, 18 de setembro de 2011

"Tudo posso? Naquele que me fortalece?"

TEXTO: Filipenses 4.13 – Posso todas as coisa naquele que me fortalece.
Será que o Cristão pode fazer de tudo? Será que temos, por meio de Cristo, poder para realizar qualquer feito? O que é que Paulo quis dizer com esta declaração ousada?

O contexto imediato
Esta passagem tem sido entendida por muitos Cristãos como uma afirmação geral de que realmente “tudo” pode fazer.

Como Paulo usava “tudo”
Ajuda-nos a entender que Paulo, como autores e oradores modernos, às vezes usava o adjetivo “tudo” (gr. panta de pas) para se referir à maior parte ou à maioria de uma categoria, sem necessariamente se referir a algo em sua totalidade.
Podemos ver este tipo de uso em passagens como 1 Cor. 9:22 “...Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns.” Paulo não quis dizer que havia se tornado absolutamente tudo para com toda a humanidade. O ponto dele foi de que ele se esforçou, negando seus próprios interesses e tendências, para influenciar todos aqueles com quem ele teve contato e oportunidade.
De forma parecida, em Colossenses 1:28 Paulo afirmou “o qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo”. Aqui Paulo não quis dizer que ensinava literalmente todos os homens existentes, nem que aquilo que ele ensinava fosse toda a sabedoria existente. O ponto dele, novamente, se restringia àqueles dentro do seu raio de alcance e à sabedoria necessária e suficiente para a plena vida em Cristo.
Da mesma forma, em Fp 2:21, ao dizer “pois todos eles buscam o que é seu próprio, não o que é de Cristo Jesus.” Paulo não estava se referindo à totalidade da raça humana, nem a todos da cidade de Roma, onde ele se encontrava (Fp 1:13). Ele estava se referindo a muitos outros que não se preocupavam com seus interesses da forma como Timóteo havia feito.
O foco da passagem
Embora muitas traduções modernas como a NVI, ARA e BJ traduzam o verso praticamente igual como “tudo posso naquele que me fortalece”, aqui a NTLH traz uma tradução bastante interessante “Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação”.
É um equivoco pensar que o ponto de Paulo é que, com Cristo, ele pode alcançar grandes realizações ou conquistas. Paulo, embora falando das coisas que fazia por conta própria, já descartou a importância das grandes realizações pessoais. Em Fp 3:4-8 Paulo relembrou suas grandes conquistas em nome do zelo religioso. Daí, ele mostrou como o simples conhecer e comunhão com Cristo eram muito superiores a todas as suas conquistas (FL 3:8,10). Dificilmente Paulo agora estaria chamando a atenção dos Cristãos em Filipos para a idéia de realizar grandes coisas, mesmo com Cristo.
 Perigo de interpretação
Tudo posso naquele que me fortalece? Sim, se for da vontade de Deus. Existe pelo menos um perigo nessa interpretação demasiadamente genérica deste versículo. Crentes podem ficar frustrados ou duvidando das promessas de Deus se tentarem coisas que consideram dentro da vontade de Deus, mas falharem.  
Se “tudo posso naquele que me fortalece” significa que posso realizar qualquer obra ou feito, desde que seja algo que Deus teoricamente ia querer, então haverá muita frustração, pois nem sempre Deus de fato faz tudo que pode. Deus podia ter evitado que Cristo morresse na cruz (Mat 26:53). Certamente Ele não queria que Cristo tivesse que morrer na cruz. Mas, por causa do grande amor que Ele por nós (outro aspecto da sua soberana vontade), Ele permitiu.
(Se nem Deus sempre faz tudo que pode e tudo que quer, podemos concluir que nem tampouco o homem fará, ou que Deus o fará por meio dele).
A Paulo, um homem de fé sincera e poderosa, foi negado algo bom e desejável que pediu ao Senhor – uma cura. Em 2 Coríntios 12:8-9 vimos que, apesar de toda sua fé e amor ao Senhor, Paulo não recebeu o que queria.
 Paulo tinha o dom de curar e curou muitas pessoas, chegando a curar todos numa ilha inteira (Atos 28:7-9). Mas, houve ocasião em que Paulo não pôde curar um discípulo próximo a ele, Trófimo (2 Tim 4:20).
E o “tudo” que podemos fazer?
Concluímos que o ponto de Paulo em Filipenses 4:13 quanto àquilo que ele pode fazer se refere à força para enfrentar situações que a vida traz a ele, especificamente no sentido de necessidades pessoais.
“Tudo posso naquele que me fortalece”, Paulo não quis dizer “tudo” num sentido absoluto. O que ele quis dizer era que, de todas as coisas que havia passado que necessitavam de poder para enfrentar, como pobreza, fome, escassez e necessidades, Cristo supria toda esta força que ele precisava. É neste sentido que Paulo escreveu “Tudo posso naquele que me fortalece”. Pelo que já havia passado, Paulo tinha confiança, e quis passar esta mesma confiança aos Cristãos em Filipos, de que Cristo havia de suprir toda a força que eles precisavam, seja qual fosse a situação. É por isso que ele encoraja os Cristãos em Filipos com as palavras “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (4:19).
 O mundo declara com orgulho e confiança “tudo posso” e pronto. O Cristão corrige, com humildade temperada pela fé em Jesus “Sei que enfrentarei muitas dificuldades nesta vida, e que sozinho seria derrubado, mas, ‘Com a força que Cristo me dá, posso enfrentar qualquer situação’.”
Podemos confiar em Deus de que Ele nos dará a força que precisamos. Basta caminharmos junto a Jesus.



domingo, 21 de agosto de 2011

"A Palavra está perto de ti, em tua boca e em teu coração"

Deuteronômio 30,11-14

"Este mandamento que hoje lhe ordeno não é muito difícil, nem está fora do seu alcance. Ele não está no céu, para que você fique perguntando: 'Quem subirá por nós até o céu para trazê-lo a nós, a fim de que possamos ouvi-lo e colocá-lo em prática?' Também não está no além-mar, para que você fique perguntando: 'Quem atravessará por nós o mar, para trazer esse mandamento a nós, a fim de que possamos ouvi-lo e colocá-lo em prática?' Sim, essa palavra está ao seu alcance: está na sua boca e no seu coração, para que você a coloque em prática"

 Seguir Jesus tem três dimensões que perduram até hoje e que formam o eixo central do processo de formação dos discípulos.

* Imitar o exemplo de Jesus:
Jesus era o modelo a ser recriado na vida dos discípulos (as). A convivência diária com o mestre permitia um confronto constante. Nesta "escola de Jesus" só se ensinava uma única matéria: o Reino! E este Reino se reconhecia na vida e na prática do Mestre. Isto exige de nós leitura e meditação constante do evangelho para olharmos no espelho da vida de Jesus. (Jo 13,13-15)

* Participar no destino de Jesus:
A imitação do Mestre não era um aprendizado teórico. Quem seguia Jesus devia comprometer-se com ele e "estar com ele nas tentações" (Lc 22,28), inclusive na perseguição (Jo 15,20; Mt 10,24-25). Devia estar disposto a carregar a cruz e a morrer com ele (Mc 8,34-35; Jo 11,16). Isto exige de nós um compromisso concreto e diário de fidelidade com o mesmo ideal com que Jesus, fiel ao Pai, se comprometia.

* Ter a vida de Jesus dentro de si.
Depois da Páscoa, surge uma terceira dimensão, fruto da ação do Espírito de Jesus na vida das pessoas que levava os primeiros cristãos a dizer: "Vivo, mas já não sou eu, é Cristo que vive em mim" (Gl 2,20). Eles procuravam refazer em suas vidas a mesma caminhada de Jesus que tinha morrido em defesa da vida e foi ressuscitado pelo poder de Deus (Fl 3,10-11).

 Isto exige de nós uma espiritualidade de entrega contínua, alimentada na comunhão e na oração .

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Exegese de Romanos 13. 1-7.

TRADUÇÂO
1-Toda a alma esteja sujeita às potestades superiores; porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus.
2-Por isso quem resiste à potestade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
3-Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a potestade? Faze o bem, e terás louvor dela.
4-Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus, e vingador para castigar o que faz o mal.
5-Portanto é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.
6-Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
7-Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.


INTRODUÇÃO


Paulo continua ensinando sobre os relacionamentos que o cristão de ter na prática da sua nova vida: deve relacionar-se submisso por sua entrega total a Deus (12.1-2); deve relacionar-se adequadamente consigo mesmo (12.3); deve relacionar-se corretamente, usando os dons que Deus lhe concedeu, para edificação do “corpo de Cristo” (12.4-8); deve relacionar-se amorosamente no contexto da comunidade cristã (12.9-16) e; deve relacionar-se não retaliando, mas servindo àqueles que se opõe (12.17-21).
Agora, Paulo chama a atenção para um novo tipo de relacionamento: aquele que o cristão deve ter com as autoridades constituídas; o relacionamento do cristão com o estado. O cristão deve obedecer somente às autoridades que são corretas e promovem o bem? Como o cristão deve se relacionar com autoridades que não são corretas e são injustas?
Discute-se também, a partir da expressão ( exousiais) autoridades (no plural), quem são elas; São os seres espirituais denominados principados e potestades, poderes, dominadores e autoridades conforme (Efésios 6.12 e Colossenses 2.15)? É o deus deste século ou príncipe deste mundo conforme (2º Co 4.4 e Ef 2.2)? Ou são as autoridades humanas constituídas (a serviço desses poderes espirituais do mal) que crucificaram o Senhor da glória (1º Co 2.8)? Ao seguir-se um dos princípios básicos da hermenêutica, considerando o próprio contexto do texto, conclui-se que Paulo refere-se ás autoridades humanas governamentais.
Portanto, em resumo, pode-se afirmar que: No relacionamento com as autoridades, o cristão deve caracterizar-se por ser um cidadão consciente.


DIVISÃO E CONTEÚDO DE TODA  CARTA

A Carta aos Romanos poderá dividir-se em quatro partes:
I.   Introdução: 1,1-17.
II.  O Evangelho da Salvação: 1,18-11,36.
III. Vida de acordo com o Evangelho: 12,1-15,13.
IV. Conclusão: 15,14-16,27.
DIVISÃO E CONTEÚDO DO CAP 13.1-7

  1. Como cidadão consciente, o cristão deve reconhecer a ordem divina: 13.1.
  2. Como cidadão consciente, o cristão deve entender as razões de ser , da ordem: 13.2.
  3. Como cidadão consciente, o cristão deve entender qual o propósito das autoridades constituídas: 13.3-6.
  4. Como cidadão consciente, o cristão deve ter a motivação correta ao relacionar-se com as autoridades constituídas: 13.5-7.
  5. Como cidadão consciente, o cristão deve saber quais as conseqüências do relacionamento com as autoridades constituídas: 13.2-7.


Destinatários

Em relação aos destinatários, a própria carta menciona o seu destino: ...”a todos os amados de Deus que estais em Roma...” (Romanos 1.7).
O que se discute, em relação ao destino da carta, tem mais a ver com a origem da igreja de Roma, a situação da igreja quando da escrita da carta e sua composição mista (judeus e gentios). A carta reflete certa  tensão vivida entre os dois grupos, que pode ser observada nos assuntos abordados: por exemplo, lei e graça (capitulo 7 – 8), o destino de Israel e dos gentios (capitulo 9 a 11).

Estilo da carta

Paulo usa, especialmente em romanos, o recurso da diatribe (um escrito ou discurso crítico apaixonado, violento e injurioso – dicionário básico da língua portuguesa). Esse método de discussão, também usado no ensino da filosofia, era uma forma retórica grega em que o escritor (OU ORADOR) ENTRAVA num debate imaginário com um interlocutor, levantando pontos ou fazendo objeções que eram respondidas no texto ou durante a sua argumentação.
Associados a este método, podem concluir também que o estilo vívido de Paulo nas suas  cartas, se devem as suas vastas experiências missionárias. Certamente o apóstolo tinha sido interrompido várias vezes por ouvintes judeus ou gentios que levantavam objeções e pediam esclarecimentos em relação as suas radicais e novíssimas afirmações que constituíam a mensagem do “seu evangelho”. Essas interrupções exigiam dele respostas sucintas, corretas e, sobretudo imediatas. Essa prática comum na antiguidade foi exemplificada através do relato de Lucas, na proclamação de Paulo no areópago (Atos 17-16-33).
Com essa prática comum entre os gentios, ao escrever, por meio de Tércio, apresentando sua visão do evangelho a uma comunidade que não conhecia, Paulo utilizou-se desse estilo na produção de Romanos.

Romanos 13:8-14.
Nossa relação com a lei: a lei se cumpre no amor ao próximo 8-10
* “nossa relação com o tempo: vivendo entre o” já e o ainda não 11-14
Em romanos capitulo 12 Paulo aborda os nossos quatros relacionamentos básicos:
Com Deus 1-2.
Com nós mesmo 3-8.
Uns com os outros 9-16.
Com nossos inimigos 17-21.
Agora no capítulo 13 ele analisa mais três:
O relacionamento com o estado (cidadania consciente 1-7)
Com a lei (que se cumpre no amor ao próximo 8-10)
Com o dia da volta do senhor (pois vivemos entre o já e o ainda não 11-14).
No  versículo sete Paulo fecha dizendo que o cristão consciente submete-se À autoridade do estado, honra os seus representantes, paga os seus impostos e ora pelo bem estar do seu povo. (Jeremias 29.7; um Timóteo 2.1ss). Além disso, faz tudo para que o estado cumpra o papel que lhe foi designado por Deus e nunca perde uma oportunidade de participar ativamente em seu trabalho.


COMENTÁRIO

A. O governo humano é ordenado por Deus. Não se trata de “direito divino dos reis”, mas do lugar divinamente designado para os governos. Nenhuma forma é declarada melhor que as outras.
B. A obediência, a reverência e a atitude adequada em relação às autoridades são deveres religiosos dos crentes.
C. É próprio dos crentes, e adequado, apoiar o governo humano com impostos e orações.
D. O governo humano tem o propósito de manter a ordem, como servos de Deus para este mister.
E. O governo humano não é definitivo. Ele é limitado em sua autoridade. Os crentes têm que rejeitar a autoridade, por amor à sua consciência, quando ela viola os limites dados por Deus. Como Agostinho declarou em A Cidade de Deus, (1) somos cidadãos de dois reinos, um temporal e um eterno. Temos responsabilidades em ambos, mas o reino de Deus é o principal! Há tanto um foco
individual quanto um coletivo em nossa responsabilidade para com Deus.
F. Temos que encorajar os crentes, se o sistema é democrático, para participar ativamente do processo de governo e implementar os ensinos das Escrituras, sempre que possível.
G. Mudança social precisa ser precedida de conversão individual. Escatologicamente não há real esperança duradoura nos governos humanos. Todos eles, embora desejados e usados por Deus,
são expressões pecaminosas da organização humana sem Deus. Este conceito é expresso no uso joanino da palavra “mundo”.

1 Nesse contexto, o autor expressa o princípio básico das relações do crente com o Estado, que é submissão às autoridades, por que são instituídas por Deus. O governo humano, portanto, é estabelecido por ordenança divina e os cristãos, acima de todos, devem obedecer às leis, pagar impostos e respeitar as autoridades. A questão que surge quando essa autoridade se torna injusta ou contrária à consciência cristã não é tratada aqui.
2 (Condenação) É importante notar que condenação, aqui, significa punição do estado, e não de Deus, como se pode ser induzido a crer pela primeira parte do verso (cf. 1Pe 2:13, 14 e 4:14,15). O sentido nos permite compreender que a resistência à autoridade civil não agrada a Deus, mas o termo condenação não está sendo aplicado como sanção para aquele caso.
3,4 Não se está cogitando de uma autoridade que exorbita às suas competências, mas aquela que pune o mal e incentiva o bem.
7 (O que lhes é devido) Esta expressão coloca todo o argumento no eixo apropriado. Serve como um paralelo para: “a César o que é de César” (Mc 12:17). Não se requer imposto a quem merece honra, nem adoração a quem merece tributo. Há limites apropriados a sujeição do cristão (At. 5:29; Mc 12: 17).




CONCLUSÃO


Romanos 13 começou com uma importante orientação sobre como nós podemos ser bons cidadãos (7-13) e relacionar-nos bem com os outros (8-10); e termina dizendo o porquê de agirmos assim. Nada poderia motivar-nos tanto a cumprir esses deveres quanto uma vívida expectativa pela volta do Senhor. Nós só estabeleceremos uma relação correta com o estado.
Lembrando-nos do contexto, de quem falava,para quem falava e de qual era a situação da igreja no Império Romano, o principio da cidadania consciente deve ser aplicado por todos os cristãos a todas as épocas.
É claro, entretanto, que a submissão que o cristão deve ás autoridades constituídas vai até o limite exato em que a obediência exigida não fira a obediência do cristão á Deus.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Jesus Cristo é a chave hermenêutica para a leitura das Escrituras.

Jesus Cristo é o ápice da revelação divina. Deus se revelou à humanidade de diversas maneiras: na criação, na história, na consciência do ser humano, por meio do povo de Israel e através das mensagens proféticas.
Entretanto, a revelação perfeita é Jesus Cristo. Nele, como diz o evangelista João (1.14), vemos a glória do Pai de maneira completa.
Por isso, a leitura da Bíblia deve ser feita a partir do sentido da revelação feita por Jesus Cristo. Ele é o personagem principal de todo o registro bíblico. Ao redor dele circulam conceitos, princípios e doutrinas das Escrituras.
De maneira geral, os autores do Novo Testamento fazem a re-leitura de textos do Antigo Testamento e produz uma re-interpretação dos mesmos, agora à luz da revelação recebida em Jesus Cristo.
O Antigo Testamento deve ser lido por meio do filtro do Novo Testamento se assim não for, muitas interpretações erradas serão feitas.
Por exemplo: em cima de textos do Antigo Testamento, uma pessoa pode justificar ataques bélicos a nações pagãs, dizendo que Deus assim ordenou.
Era o que os fariseus queriam fazer com a mulher adúltera (João 8): apedrejá-la com mandava a lei de Moisés.
Só que, agora, na mensagem do Evangelho, a partir dos ensinos de Cristo, a ênfase é de perdão e intercessão pelos inimigos.
Interpretações do Antigo Testamento, portanto, devem ser feitas sob o foco dos ensinos  de Jesus .